Na noite de terça, por volta das 23h, o jovem de 23 anos, Luiz Felipe Cardoso da Silveira, estava na avenida Pernambuco, no balneário dos Prazeres (mais conhecido como Barro Duro), praia do Laranjal. Segundo a ocorrência policial, ele estava com sua namorada, quando os criminosos chegaram, ordenaram que a menina se afastasse e executaram a vítima. Silveira foi atingido por três tiros e levado por amigos a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi atendido, mas não resistiu aos ferimentos. O crime não chegou a ser rgistrado pela Brigada Militar e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Na segunda-feira, um jovem de 20 anos foi morto a tiros às margens da BR-392, próximo a um posto de combustíveis. Segundo a Polícia Civil, populares localizaram o corpo de Ezequiel da Cruz Jardim, executado com - pelo menos - quatro tiros, e acionaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser chamado, mas apenas constatou o óbito do rapaz. A vítima foi reconhecida por um irmão.
Projeção feita pela prefeitura para elaboração do Pacto Pelotas pela Paz, lançado no dia 12 de agosto, prevê que os índices de homicídio este ano em Pelotas devem superar os assassinatos registrados na cidade em 2015, quando o município contabilizou 109 mortes.
A estimativa do Executivo municipal é a mesma da Delegacia de Homicídios de Desaparecidos (DHD), que considera que os indicadores podem ser semelhantes ou superiores aos registrados há dois anos. “Embora seja precoce fazer uma avaliação, é a previsão que se tem”, comentou o titular da DHD, Félix Rafanhim. A expectativa da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) é de que, antes de 2020, o município veja os primeiros resultados do projeto, que cria uma cultura de paz na cidade em que ocorra a redução nos índices de violência, principalmente no que se refere aos casos de homicídios, foco principal do Pacto Pelotas pela Paz.
O delegado, porém, descarta a hipótese de que os crimes praticados sejam um reflexo do acirramento entre as facções pela disputa territorial do tráfico de drogas. Conforme Rafanhim, muitos dos homicídios cometidos na cidade neste ano não estão interligados. “É difícil fazer uma relação porque não é uma guerra do tráfico, são homicídios praticados por motivações diversas”, disse o titular da DHD.
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